Essa resposta é fácil! Depende.
Nesse artigo vou desenvolver um pouco esse assunto que gera dúvida para quem quer começar um negócio de revenda. Vou no on-line ou na loja física?
O primeiro grande erro das pessoas é achar que ter uma loja on-line não dá trabalho. Que é só fazer o site e deixá-lo lá que ele vai vender por si só.
Não é por aí pessoal. Vamos passar de ponto em ponto.
Tanto na loja física como na on-line precisamos tratar o negócio como uma empresa. Neste caso precisamos ter um CNPJ, planejamento financeiro, contador, pagar impostos, investir em marketing, e se o negócio ganhar proporção, também contratar funcionários, afinal, não dá para fazer tudo sozinho.
Então já matamos essa parte, ou seja, uma loja on-line tem os mesmos processos organizacionais de uma loja física.
Outro ponto que é bem similar é a parte de Visual Merchandise, termo bastante utilizado pelo setor de varejo que tem como objetivo apresentar os seus produtos no “chão de loja”, para que eles fiquem mais atrativos para a venda. No setor de moda, por exemplo, qual produto ficará disponível na vitrine, na entrada da loja e nas araras, além disso os produtos menores, como, cintos, meias e acessórios sempre estarão próximos ao caixa para você comprar por impulso.
No mundo on-line podemos dizer que o nosso Visual Merchandise é o CRO (Conversion Rate Optimization), que é um conjunto de estratégias utilizadas pelo site para aumentar a conversão de vendas. Um site bem estruturado vai ter todo o fluxo organizado, incluindo banners com frases atrativas, categoria de produtos em promoção, psicologia de cores, upsell, cross-sell no checkout, e muito mais. Percebem a similaridade? O checkout do site é como se fosse o caixa da loja física, onde também precisa ser explorado para vender mais um produto para o cliente.
Agora tem uma parte, que na minha opinião, a loja on-line perde de longe para a física, mas depende muito de como os seus vendedores estão treinados. Que é o contato do vendedor direto com o cliente, olho no olho.
Tudo bem, você já deve estar pensando: mas os e-commerces de hoje tem o famoso botãozinho do WhatsApp para você falar com alguém. Sim! Mas não é a mesma coisa né! Um vendedor de loja física bem preparado vende até o que o cliente não precisa comprar. No on-line dá para fazer isso, mas precisa de muita técnica, conhecimento e investimento em anúncios.
Quem estudou marketing vai lembrar dos 4 P ‘s do Marketing, produto, preço, praça e promoção, escrito pelo professor Jerome McCarthy (1978) e popularizado por Philip Kotler posteriormente.
Eis uma coisa que no online o bicho pega… PREÇO, que também está relacionado ao frete grátis, que no fundo compõe o preço final do produto. Se o seu negócio não tiver um produto ou serviço exclusivo, o preço é uma variável importantíssima no on-line. Lógico, preço sem qualidade não rola.
É muito simples. Na loja física você pode até não ter o melhor preço, mas o cliente já está lá dentro, ele pode ver a disposição dos produtos, sentir o cheiro da loja, tocar no produto e além disso ter a assistência de um bom vendedor. Se você não tiver um concorrente do seu lado, melhor ainda. No on-line é diferente, o cliente tem “o mundo” a sua frente. É só dar um ALT-TAB que ele já pula para o site do concorrente. Se ele for “ligeiro” já monta o mesmo carrinho de produtos nos dois sites e fecha com quem apresentou o melhor preço total.
Ainda no P de marketing, agora temos a Praça, ou, Ponto de Venda. Nesse quesito o on-line ganha de lavada. Na loja física o seu cliente está a um raio de X quilômetro de você, no on-line você pode vender para o mundo inteiro, desde que tenha estrutura para isso. É claro que precisa investir em estratégia e em anúncios. Aqui no nosso Blog o meu sócio Nicolas Fernandes escreveu sobre esse tema. Vale a pena ler!
Não precisamos nem citar que no mundo on-line você vende 24 horas por dia.
Por último e não menos importante. O prazo de entrega! Vamos tirar desse debate alimentos frescos e refrigerados, pois os considero como delivery, mesmo o cliente comprando on-line.
O on-line é para quem se programa, que faz planos. Se o cliente decide receber os amigos em casa hoje a noite e não possui vinho, já era, vai ter que passar em um supermercado ou pedir o vinho por delivery. Neste caso, a loja física saiu na frente. Porém para bens de consumo, por exemplo, uma TV, o online funciona muito bem, pois ninguém sai comprando uma TV de R$ 5.000 por que foi ali no supermercado buscar pão, presunto e queijo.
Enfim, não vou me alongar, mas todos nós sabemos a proporção que o on-line ganhou pós pandemia da COVID. Pessoas que nunca tiveram contato com esse modelo de compra passaram a ter, e pode colocar nessa lista pessoas acima de 60 anos de idade viu! A tendência, na minha opinião, é termos um mundo híbrido onde o cliente possa comprar no local em que se sentir melhor, ou, porque não, comprar no online e retirar na loja física, afinal, quem toma a decisão é ele.
Há! E qual o melhor dos mundos? Se você possui uma loja física que está bem estruturada, tem preço, produto de qualidade e tem funcionários “ociosos” para absorver os pedidos do site, então vai para o on-line. É questão de lógica, você vai aumentar o seu faturamento praticamente mantendo os mesmos custos operacionais. Não se esqueça dos anúncios e de contratar uma empresa especializada em Gestão de Tráfego, mas tenha certeza que bem trabalhado o negócio gera resultado.